(21) 9821-54797
Orçamento por Whatsapp
Depoimentos Interessantes

PÂNICO DE SEXO

PÂNICO DE SEXO

 

Cláudia casou-se jovem, aos 17 anos, e manteve um casamento que considerava normal e harmonioso. O ponto de ruptura veio por volta dos 20 anos, após uma gravidez não planejada. Em uma noite nos primeiros meses de gestação, ela acordou em pânico, coberta de sangue: havia sofrido um aborto espontâneo.

A partir daquele momento, o corpo de Cláudia passou a associar a intimidade sexual ao perigo e ao trauma da perda. Toda vez que o marido se aproximava para uma relação, ela era tomada por uma crise de pânico, repelindo-o. A situação insustentável levou ao divórcio consensual um ano depois.

Nos anos seguintes, a dinâmica se repetiu em todos os seus relacionamentos: no momento em que a intimidade beirava o sexo, o pânico ressurgia, inviabilizando a continuidade. Cláudia buscou ajuda médica, utilizando diversas medicações psiquiátricas ao longo do tempo, mas sem jamais obter um resultado positivo. O problema era de outra ordem.

 

O amor que exigiu coragem

Aos 36 anos, Cláudia conheceu um colega de trabalho, um rapaz solteiro, de família tradicional mineira, com pouca experiência, mas muita paciência. Cláudia expôs seu bloqueio, e ele se dispôs a ajudá-la a vencer a questão com amor, respeito e compreensão. Após dois anos de namoro, o casal noivou.

No entanto, o sexo permanecia como o último e intransponível obstáculo. O pânico retornava em todos os momentos de maior intimidade física. Foi essa urgência em selar a união sem o fantasma do medo que os motivou a buscar uma ajuda não convencional, nos levando a iniciar o trabalho.

 

A Vítima

O tratamento começou com a Terapia ANIMAPURA inicialmente removendo as contaminações que a perturbavam. Na primeira regressão terapêutica, Cláudia se viu como uma menina miserável de cerca de sete anos, no Nordeste do Brasil Colônia, vestindo trapos e vivendo em extrema pobreza. A fome e a miséria eram a realidade de sua família.

A tragédia se instalou com a chegada de um tropeiro, um comerciante que, vendo a desnutrição das crianças, ofereceu dinheiro aos pais para levar uma das meninas para trabalhar como criada. Eles entregaram Cláudia. A menina não queria abandonar a família, mas foi arrastada, amarrada por uma corda, e vendida logo depois em um bordel de estrada.

Sua virgindade valeu um alto preço para o tropeiro. A criança foi estuprada seguidamente, sofrendo uma hemorragia fatal que a levou à morte. Cláudia saiu do transe em choque e revoltada, sentindo-se profundamente injustiçada.

 

O algoz

Para acalmar a revolta e a sensação de injustiça, introduzi o princípio de que, na lei espiritual, o sofrimento sem causa nobre é incomum. Cláudia aceitou retornar ao divã.

Na segunda regressão, ela se viu no corpo de um Capitão-do-Mato, um homem mestiço, cuja função principal era caçar escravos foragidos e devolver aos seus donos.

O Capitão-do-Mato tinha um hábito especialmente cruel: ele formava grupos para sequestrar crianças indígenas nos igarapés, depois que os adultos saíam para seus afazeres. Essas crianças eram vendidas em prostíbulos.

Essa visão foi devastadora. Cláudia saiu do transe horrorizada com seu próprio passado. Em meio às lágrimas, ela declarou que não se reconhecia na crueldade do Capitão-do-Mato, mas que aquela experiência, embora dolorosa, era a porta que se abria para o autoconhecimento verdadeiro.

 

O desfecho elegante

A dor e o pânico de Cláudia na vida atual eram, portanto, o reflexo e o resgate da dor que ela mesma havia causado. O trauma do aborto e do sangue, associado ao pânico de ser tocada, espelhava a hemorragia fatal da criança que fora vítima de violência sexual em sua vida passada, um ciclo que ela mesma havia ajudado a perpetuar na pele do algoz.

No dia seguinte, Cláudia ligou-me cedo, agradecendo e reportando que havia tido a melhor e mais completa noite de sua vida, sem pânico e sem medo. O trauma que a psiquiatria não pôde curar foi dissolvido pela confrontação da causa profunda de seu sofrimento.

Três meses depois, o dilema foi totalmente superado. O desfecho elegante e feliz chegou pelo correio: um convite de casamento selava a união do casal, agora livre para construir uma vida em plena intimidade e amor.

Fale Conosco