TRANSTORNO DE ACUMULAÇÃO
TRANSTORNO DE ACUMULAÇÃO
O transtorno que aprisiona a mente na matéria
"O isolamento social é uma consequência previsível,
pois o acumulador evita a todo custo que outros vejam seu ambiente."
Tompkins, M. A.
O Transtorno de Acumulação (Hoarding Disorder ou TA) é uma patologia psiquiátrica reconhecida que se estende muito além da simples desorganização. É caracterizado por uma dificuldade persistente em descartar objetos, independentemente de seu valor, resultando em um acúmulo que compromete a segurança e a funcionalidade dos espaços vitais.
Como se manifesta (O Modus Operandi)
O TA é impulsionado por uma intensa angústia ligada ao descarte. Os indivíduos afetados sentem uma necessidade imperiosa de guardar os itens, baseada em crenças disfuncionais:
- Medo de desperdício: Crença de que o objeto poderá ser útil no futuro ("E se eu precisar disso um dia?").
- Apego emocional excessivo: Atribuição de valor sentimental a itens sem relevância (como lixo, jornais velhos, ou embalagens). Os objetos servem como âncoras para memórias ou como substitutos para o preenchimento de vazios emocionais.
- Dificuldade de decisão: Procrastinação extrema em relação ao descarte e à organização.
O resultado é um ambiente que fica congestionado e insalubre, impedindo o uso de cômodos essenciais (cozinhas, banheiros, camas) e elevando o risco de acidentes e incêndios.
Faixa etária e gênero
- Prevalência: Estima-se que afete entre 2% e 6% da população mundial.
- Início e progressão: O comportamento de acumulação geralmente começa na infância ou adolescência de forma mais leve, mas tende a se agravar progressivamente com o envelhecimento, tornando-se clinicamente significativo em adultos e atingindo seu pico em idades mais avançadas (55-94 anos).
- Gênero: O transtorno é igualmente prevalente em homens e mulheres.
Impactos adicionais: Saúde e relações
O TA raramente é um problema isolado e gera graves consequências em todas as esferas da vida do indivíduo:
Problemas de saúde adicionais (Comorbidades)
O transtorno tem uma alta taxa de comorbidade com outros problemas de saúde mental:
- Ansiedade e depressão: São condições frequentemente associadas, sendo que a própria desordem e o isolamento resultante exacerbam o quadro depressivo.
- Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC): Embora sejam diagnósticos separados, podem coexistir. Pacientes com TA costumam ter menor insight (não reconhecem o problema) do que pacientes com TOC.
- Problemas físicos: O ambiente insalubre resultante do acúmulo (poeira, lixo, pragas, mofo) gera riscos graves à saúde, incluindo doenças respiratórias, infecciosas e alto risco de lesões por quedas.
- Síndrome de Noé: É o acúmulo compulsivo de um grande número de animais, o que impede o fornecimento de cuidados, higiene e alimentação adequados, resultando em maus-tratos aos animais.
Problemas familiares e sociais
- Isolamento social: A vergonha e o constrangimento com o ambiente doméstico levam o acumulador a evitar receber visitas e a se afastar da vida social.
- Conflitos familiares: O TA é altamente destrutivo para a vida familiar. O estresse e a insalubridade podem levar ao afastamento de cônjuges, filhos ou, em casos extremos, à perda da guarda de dependentes.
- Problemas legais/ocupacionais: A desorganização pode levar a problemas no trabalho (faltas, desorganização) e a intervenções de autoridades sanitárias ou jurídicas, podendo resultar em despejo do domicílio.
Tratamento convencional
O tratamento do Transtorno de Acumulação é desafiador, pois o paciente muitas vezes tem baixa percepção do problema (baixo insight) e resiste a se desfazer dos itens. Só aceitará ajuda se reconhecer o problema existe. O tratamento convencional é multifacetado:
- Terapia cognitivo-comportamental (TCC): É o tratamento primário, focado em:
- Mudança de crenças: Desafiar as crenças disfuncionais sobre a utilidade e o valor dos objetos.
- Terapia de exposição e descarte: Expor o paciente gradualmente ao descarte de itens para reduzir a ansiedade associada.
- Treinamento de habilidades: Ensinar habilidades de organização e tomada de decisão.
- Tratamento medicamentoso: Pode incluir o uso de iInibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), como Sertralina ou Paroxetina, para ajudar a controlar a ansiedade e os sintomas obsessivos relacionados.
A abordagem da Terapia Animapura
A Terapia Animapura é fundamental no tratamento de transtornos psiquiátricos, o método, em seu contexto espiritual, propõe uma ação complementar ao abordar a causa dos sintomas como interferências externas.
De acordo com a descrição da Animapura:
- Acesso ao inconsciente emocional: O terapeuta buscaria o "link vibratório" do sintoma no inconsciente da paciente.
- Identificação do vetor: O transtorno de acumulação é visto como resultado de experiências de vidas passadas e a influência de "vetores" (entidades externas, encarnadas ou não) que invadem o espaço mental do indivíduo, aproveitando-se de sua fragilidade (como luto não resolvido ou trauma).
- Remoção espiritual: A terapia atua com uma equipe espiritual para remover e encaminhar essas entidades (os vetores), visando eliminar o impulso subjacente à acumulação e restaurar o controle mental do paciente.